sexta-feira, janeiro 26, 2007

Vitória do futebol?


Michel Platini foi eleito presidente da UEFA. Com ele traz esperança de um futebol mais solidário e sustentado. Será ele capaz de se manter fiel aos princípios que foi revelando nos últimos tempos ou acabará derrotado pela dos poderes instituídos?

Alguém explica?

Sempre atento, o Ndrangheta estranha a chegada do central Eliézio a Portugal. Afinal de contas, à data da cedência de Geovanni, o Benfica teria assegurado a preferência sobre os jogadores do Cruzeiro. O mais irónico é que o Porto vai fazer com o jogador aquilo que, há seis meses, o Benfica acordara fazer com o Cruzeiro!!! Arranjar um clube onde o possa observar e mais tarde, em caso de interesse de todas as partes, fechar o negócio de aquisição. Como reagir perante isto? Deixo três sugestões. Cada um escolha aquela com que conseguir dormir melhor.
. Interiorizar que o jogador não vale um chavo e que os nossos dirigentes sabem disso;
. Lamentar a sua incompetência, ao nível do que fomos assistindo ao lngo da década de 90;
. Desconfiar da sua estranha distracção;

Se eu mandasse...

... estava resolvido o problema dos reforços.


O Benfica tem um avançado móvel e com capacidade de improviso (Miccoli), um ponta de lança de envolvimento, que joga para, e com, a equipa (Nuno Gomes) e uma arma de banco (Mantorras). Falta-lhe alguém egoísta, que goste de viver dentro da área, tenha instinto, remate facilmente e jogue bem pelo ar. Eis Roland Linz.

Com a suspensão de Nuno Assis, vaga um lugar no meio-campo e as características de Rubem Amorim encaixam perfeitamente nas exigências do losango do Nandinho. Com apenas 21 anos, e olhando para o actual plantel, seria a única aposta a longo prazo no meio-campo.

Pablo Ibañez perdeu a titularidade para Zé Castro e o problema aumenta com a chegada do brasileiro Eller ao Atlético. Internacional A por Espanha, esteve presente no ultimo Mundial e é um central forte na marcação e no jogo aéreo. O empréstimo seria uma boa aposta e permitiria ao Benfica procurar, com maior ponderação, novas soluções para a próxima época.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

terça-feira, janeiro 16, 2007

Ainda Nuno Assis

Ninguém pode negar que o Sport Lisboa e Benfica, de um ponto de vista formal, seja responsável pelo agravmento da pena de Nuno Assis. Mas será justo criticar a opção do clube, como alguns se apressaram a fazer. Que se diria, então, se o Benfica nada tivesse feito? A função do presidente do Benfica é gerir o clube mas também defendê-lo, bem como jogadores e equipa médica. Assim sendo, esteve bem Vieira quando autorizou o recurso para o Conselho de Justiça. Independentemente da culpa que Assis, ou Rodolfo Moura, possam ter, e provavelmente terão, todo o processo suscita muitas dúvidas. Quanto mais não fosse, a situação até poderia ajudar o CNAD a corrigir alguns aspectos na sua actuação. Mas também já deu para perceber que ali se acham portadores de uma condição superior aos dos restantes mortais. Horta e amigos não erram: são autênticos robôs.
Difícil de compreender é a posição assumida pelo Governo.* Contestou a aplicação do castigo de seis meses? Que me recorde, não. Insurgiu-se contra o direito, legítimo, de jogador e clube recorrerem? Não, mas também era o que faltava. Na verdade, interveio apenas quando o CJ meteu água - e meteu mesmo, com uma decisão absurda -, mas esqueceu-se que estava um jogador em causa. Laurentino Dias não hesitou em prejudicar, voluntariamente, o jogador por um diferendo com uma outra entidade. O CJ, tão criticado, não sai minimamente prejudicado num embate onde Nuno Assis serviu de bola. Não podemos ser hipócritas. Em termos competitivos, Assis cumpriu a penalização. Não houve qualquer encontro oficial nos 15 dias em que foi amnistiado. Por isso, tem razão Vieira em parte da sua argumentação. O caso Assis gerou o ruído necessário para esconder o embaraço e o total alheamento do Governo relativamente a casos de corrupção. É no mínimo curioso que Laurentino Dias fale de "credibilidade" relativamente a este processo, mas não se preocupe com a "credibilidade" de jogos de futebol profissionais arbitrados por arguidos de um processo de corrupção.
Vieira perdeu, no entanto, excelente oportunidade para expôr Laurentino.Em vez de prometer luta ao Governo - afirmação vazia, populista e inconsequente - deveria ter sublinhado a decisão do TAD, que sempre tão rigoroso nas penalizações, se ficou pelo mínimo. O Benfica deveria ter tomado esta sentença como uma vitória e sublinhado a forma como Nuno Assis foi utilizado e espezinhado pelos governantes do seu país. Na verdade, ninguém no seu perfeito juízo esperava que Assis pudesse ser ilibado no TAD. O certo é que o TAD encontrou matéria para hesitar na punição. CNAD e Laurentino Dias, recorde-se, queriam dois anos.

*Ou não. Estará de alguma forma relacionada com a forma como a actual equipa do CNAD ali chegou? Afinal de contas, os amigos são para as ocasiões.

ps- José Lello diz que não compreende a referência ao termo "perseguição". Não concordo com a terminologia utilizada por Vieira e lamento que o Benfica politize as questões (ainda não esqueci o momento negro da participação de Vilarinho, enquanto presidente do Benfica, num comício do PSD), mas posso dar palpite. Terá a ver com o facto de alguém da Inspecção-Geral de Finanças, daqueles que são nomeados pelso Governos devido à sua condição militante, ter assinado duas declarações falsas que foram apresentadas na Liga e que poderiam ter ditado o fim do clube?

Instantes fatais

Entre os benfiquistas há quem olhe para a classificação e lamente as pesadas derrotas do Bessa e de Braga. Mas esses são jogos em que tudo correu mal e que só regressando ao minuto zero poderiam ser remediados. Mas há duas situações que deixam um amargo de boca bem maior. E não foram os postes da Figueira Foz. Foram os golos consentidos em período de descontos na Mata Real e no Dragão, erros que não se podem repetir na segunda volta do campeonato, que colocaram o Benfica a oito pontos do líder. Uma maior concentração permitiria ao Benfica estar a apenas três pontos do Porto e com dois de avanço sobre o Sporting.

Saboroso

Foi uma vitória difícil, talvez a mais difícil da temporada, e, consequentemente, a mais saborosa. A Académica de ontem foi, a par do Celtic de Parkhead, a melhor equipa que defrontou o Benfica. Pelo menos para mim, que não tive oportunidade de ver o jogo de Braga. Jogasse sempre assim e estaria a morder os calcanhares dos grandes.
O Benfica, apesar da irregularidade do golo, não poderia ter entrado de melhor forma no jogo, que se alterou profundamente perante o acontecimento. Nandinho e o homem do "pau de marmeleiro" inverteram as estratégias inicialmente definidas e a Académica foi atrás do prejuízo. O Benfica respondeu bem, pelo menos na primeira dezena de minutos após golo. Findo esse período, os 'estudantes' instalaram-se junto da área de Quim. É que o Benfica, apesar de continuar a contra-atacar com perigo e velocidade, mostrava-se incapaz de controlar o seu sector defensivo, com o meio-campo a perder todas as segundas bolas para o adversário. Karagounis estava apático e Petit, apesar de voluntarioso, inconsequente e perdido. Katsouranis esforçava-se por apagar os fogos enquanto Luisão e Rocha, para não falar de Quim, iam evitando o pior.
Na segunda parte o ritmo baixou e isso deveu-se a uma maior organização encarnada. É certo que a Académica acabaria por pagar a factura do esforço despendido até ao intervalo, mas, antes disso, foi a serenidade táctica de Petit e um Karagounis, finalmente, disposto a jogar futebol que ajudaram a acalmar a equipa. E assim, quase não se dava pela quebra de produção de Katsouranis. Este é, aliás, um ponto que deve ser sublinhado. Já deu para perceber que o grego raramente aguenta a todalidade do jogo e que tem dificuldade em gerir o esforço. Isso torna-se normalmente visível entre os 65 e os 70 minutos. Em Coimbra, pelas circunstâncias especiais do jogo, notou-se mais cedo. Algo que o Nandinho tem que trabalhar, considerando a importância do camisola 8 na estratégia táctica do Benfica. Entretanto, a entrada de Manu deu mais disponibilidade física ao meio-campo e as oportunidades da Académica, pelo menos de bola corrida, começaram a rarear.
Uma última nota para as bolas paradas. Defensivamente, a equipa esteve excessivamente permissiva, o que lhe poderia ter custado a vitória. Ineficaz nas marcações, foram vários os casos em que permitiu dois e três remates no mesmo lance. Quase metade das oportunidades da Académica surgiram neste tipo de jogadas.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Infelizmente confirmou-se

A interrogação do Quetzal. Aqui.

Fonseca tem sido um mar de ondas inexplicáveis - a falta de minutos (pouco clara, quanto a mim), a falta de clareza quanto a dinheiros, a confusão com a propriedade do jogador, a confusão com quem negociou o passe...

(Só faltava o Veiga voltar, era o desnorte ao nível da direcção desportiva para o futebol)