Até sempre Robert Enke

Estou triste e estupefacto! Robert Enke faleceu hoje, vítima de um estranho vírus que o vinha perseguindo há uns meses. A um dia de felicidade como o de ontem, segue-se outro de tristeza. Foi-se mais um dos meus jogadores preferidos, um atleta azarado que já vira a sua filha partir com apenas dois anos de idade. Nem consigo imaginar o que passará pela cabeça da sua mulher.

Regressado a casa, os sites desmentem o SMS que recebi. Colhido por um comboio, o agente confirma o suicídio. Chocante...

Sofrido, justo e saboroso!!

Custa passar hora e meia assim, sentir a ansiedade crescer, a angústia a instalar-se, os cabelos brancos a nascerem, mas a verdade é que nada sabe tão bem como uma vitória ao cair do pano. E melhor sabe quando o golo não cai do céu por mero acaso, antes coroando mais uma exibição de qualidade do Benfica.
Este Benfica dos jogos da Luz é muito forte, como não se via desde os anos 80. Ontem, mais uma vez, podia ter sido meia dúzia. Sentiu-se a falta de Cardozo lá no meio dos centrais adversários - é fácil, pelo estilo de jogo, "bater" no paraguaio, mas é na ausência dele que se comprova a sua mais-valia e ontem, como em Leiria, foi mais uma vez evidente a sua importância - mas, ainda assim, o Benfica fez o suficiente para levar de vencida uma equipa que fez o primeiro remate já dois terços do jogo iam decorridos, já duas bolas lhe haviam beijado a madeira da baliza, já o seu guarda-redes fizera o suficiente para ser considerado duas vezes o melhor em campo.
Assim dá gosto!

Casa do Benfica de Liverpool

Se não existe está na hora de a fundar. Liverpool virou neste século uma cidade talismã para o Benfica e talvez não seja exagerado dizer que o Benfica será por estes dias o clube estrangeiro mais respeitado pelos locais. Seja pela exibição da sua equipa no relvado, seja pela demonstração de paixão dos adeptos nas bancada, e acreditando nos relatos de quem esteve em Anfield Road e em Goodison Park, estabelece-se uma forte relação entre benfiquistas, toffees e reds.
Na quinta-feira o Benfica atingiu o primeiro lugar do grupo, facto curioso quando se constata que JJ até aproveita a competição para fazer alguns testes à sua máquina. Desta vez alterou-se a geometria do meio-campo e a equipa não ruíu. É certo que sofreu entre os 10 e os 40 minutos, porque o Everton soube aumentar o ritmo e fazer uso da sua superioridade no miolo, mas o Benfica resistiu sempre. Desapareceu um pouco no ataque, mas mostrou-se coeso no processo defensivo. E bastou uma bola no poste para amedrontar o adversário. Saviola e Di Maria deram o habitual toque de magia na frente e o golo apareceu. E com Aimar já em campo, nunca o Benfica perderia aquele jogo. Segunda parte tranquila, com o Benfica a espalha classe. Falta um ponto para o apuramento.

ps- A RTPN juntou Toni e JVP. Quem viu aqueles momentos iniciais em que o brilho inundou o olhar de ambos e as lágrimas ameaçaram aparecer só pode perguntar uma coisa: quando é que o Benfica se digna a fazer um jogo de despedida à sua grande vedeta dos anos 90? Os problemas pessoais de quem está no clube, e por maior razão que lhes assista, devem sobrepôr-se à justa e merecida homenagem a um benfiquista?

Acabou a pre-época!

A acreditar nos rivais, agora sim começou a Liga para o Benfica. É verdade, só ganhávamos na pre-época. Chegou o Inverno (ou o tempo invernoso, para sermos correctos para com o calendário), chegaram as derrotas e começou o nosso triste e habitual fado, dizem eles. Há benfiquistas que se vão deixar levar. Eu não. Segunda-feira lá estarei ao lado da família nos nossos cativos. Para ver mais uma vitória! Rumo ao título!