Sozinho ou acompanhado? Esta é, há anos, a discussão preferida dos adeptos da bola. Nuno Gomes está invariavelmente no centro de uma conversa um pouco descabida, sublinhe-se. Qualquer avançado - chame-se ele Drogba, Liedson, João Pinto, Torres ou Larsson - joga melhor acompanhado. É a chamada
palissada. Verdadeiramente importante é ter dois avançados que se complementem. A melhor época de Nuno Gomes, por exemplo, foi ao lado de um vagabundo - 24 golos ao lado de João Pinto - e não de um armário - 18 golos com Brian Deane -, como se costuma dizer. Mas que tem isto a ver com Miccolli? Simples. Enquanto nos entretemos com a outra discussão, parece que não vemos o que está à nossa frente. Com Derlei, ou sem Nuno Gomes - o que, no fundo, vai dar ao mesmo -, o italiano perde profundidade. E sem isso, o futebol do Benfica perde acutilânica ofensiva. Foi assim em Paris, como já fora em Bucareste. Derlei poder ser alternativa a Miccolli, mas nunca será a muleta ideal para o italiano.