quinta-feira, setembro 27, 2007

Privilegiado

É como me sinto por ter estado a trabalhar durante o jogo. Por norma isto é motivo para um longo dia de profunda irritação, a distribuir sorrisos amarelos a quem promove o contacto com a minha pessoa. Hoje, talvez por se tratar de tão insignificante competição, levei o assunto na desportiva. E longe estava eu de imaginar a sorte que tive. Do que fui espreitando, só me suscitava sorrisos conformados. Apatia generalizada, Binya a deitar por terra os bons indícios demonstrados no domingo, Nuno Assis a revelar a sua habitual descordenação e incapacidade para assumir o papel de organizador, Dabao, como Cardozo, a ter que fugir da área, and so on. Tenho pena dos simpáticos adeptos do Estrela, bem como dos jogadores e do Daúto Faquira, que não mereciam aquele castigo do auxiliar. Terá sido vingança pelo albarroamento de que foi vítima? Deu pelo menos para rir, e a gargalhada ainda se arrastou bem para lá do apito final, com uma das decisões arbitrais mais ridículas e surreais a que já assisti.

ps- O golo do Estrela também é surreal. Primeiro por ninguém ter dito ao torhüter que três gajos na barreira não são suficientes para um especialista como o Maurício. Em segundo lugar pela forma como o Assis salta e se vira, permitindo que a bola passe. Quem tem medo não vai para a barreira.