terça-feira, setembro 25, 2007

O Manuel Fernandes e o respeito



Chamem-me presunçoso, não me interessa. Acho que o Manuel Fernandes, hoje, em entrevista ao jornal 'O Jogo', só confirmou aquilo que escrevi anteriormente (aqui e depois aqui).

Ao contrário daquilo que 98 por cento das pessoas acha, eu percebo muito bem o Manuel Fernandes, até porque, mesmo sendo benfiquista-mais-do-que-português, teria tomado exactamente a mesmo atitude dele.

Se me colocar na posição do jogador, também mandaria o meu director para o 'caralho' se ele andasse a encher os ouvidos do dono da empresa, 'o Edson não vem trabalhar, diz que está doente - eu mandei lá aquele meu amigo, o Toni - o médico, sabe? -, e ele informou-me que o Edson está doente sim, mas é na cabeça!'. Estas atitudes demonstram uma falta de dignidade e de respeito incrível.

Como o Quetzal tantas vezes insinuou, a dupla Veiga - Moura fazia 'panelinha' e tentaram (e chegaram a conseguir) dominar toda a parte técnica (Veiga) e toda a parte física do Benfica (Moura, pai e filho). A questão que sempre se pôs é que, nem um, nem outro, têm competência para isso. E este argumento chega para arrumar a questão.

Por outro lado, a maneira como o Benfica gere os atletas que forma não faz o mínimo sentido.

O Manuel Fernandes, pela qualidade, pela inteligência e por ser da casa, tem o direito de ser acarinhado e responsabilizado enquanto tal. O mesmo serve para o João Coimbra e servia para o João Pereira, por exemplo (e agora o Miguel Vítor e o Romeu). O nosso clube não se pode dar ao luxo de desperdiçar homens como o Manuel Fernandes - que, para mim, tem toda a cara do Benfica: é forte, joga um futebol muito bonito e tem uma personalidade do caraças.

Sempre deu tudo pelo clube, apesar de muitos adeptos, em determinada altura, acharem que não (mesmo na última pré-época, mesmo com os dois pés fora do clube - como sabemos agora -, foi sempre dos melhores).

Quem o deveria ter defendido até à última não fez - e aqui o presidente tem a culpa porque confiou demais em pessoas que não mereciam todo esse crédito.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nem mais!

terça-feira, setembro 25, 2007 6:33:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ehpá, finalmente uma posição que me parece esclarecida sobre o MFernandes (apesar da azia com que lhe fiquei depois desta rábula do fico-saio). Não li a entrevista, posso discordar de algum pormenor do que escreveste, mas no essencial estou de acordo, sobre o MFernandes e sobre o (des)aproveitamento da formação.
Em relação ao Manel, e já agora em relação ao Rui Águas, por exemplo, sobre quem vários histéricos voltaram a berrar "traidor" aquando do seu recente (e por mim aplaudido) regresso ao Benfica, há que mostrar respeito por quem tem respeito por si próprio, mesmo que isso implique bater com a porta perante situações de merda, essas sim inaceitáveis no Benfica! Com o Rui, o clube foi obrigado a olhar de outra maneira para os seus profissionais e a perceber as mudanças que estavam em curso no futebol de alta competição, com o Manel, pôs-se a nú situações como a tal dupla Veiga - Moura, a tonteira do FSantos e a leviandade do Vieira.
Ainda alguém lhes continua a chamar nomes?

terça-feira, setembro 25, 2007 9:23:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já quase que podíamos fundar um clube dos amigos do Manelélé...
Dou um bocado de desconto ao benfiquismo extremista, mas mesmo só por ser Benfiquismo. Lembra sempre coisas como "tudo pela nação (benfiquista), nada contra a nação (benfiquista" e faz-me pensar no tempo em que ainda acreditei no Vale e Azevedo (e foi pouco, ainda assim).
O rapaz sofreu as habituais tramas de empresários, sem que no clube alguém percebesse que, devido ao seu valor, essas tricas teriam de ser postas de parte.
Depois ainda houve a lesão. Mal diagnosticada, mal curada e mal acompanhada. Pergunto-me só o que fariam os que dizem mal do rapaz à boca cheia se estivessem no seu lugar?
Eu até acredito que o M. Fernandes até seja benfiquista, um dos poucos orgulhos da nossa formação recente, mas é profissional de futebol. Acho que isto devia chegar para os "ayatolahs" lhe darem o merecido respeito.
Claro que estas entrevistas, sempre bem encaminhadas para a polémica, não ajudam. Mas mais uma vez há algo que, pelo menos para mim, ameniza a coisa: foi já aparecem num período de hostilidade com o Vieira.

quarta-feira, setembro 26, 2007 4:33:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O Manuel Fernandes é sportinguista.

terça-feira, outubro 02, 2007 1:15:00 da manhã  

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