quarta-feira, setembro 19, 2007

San Siro

Numa perspectiva de ganhar pontos, não gostei do 11 escolhido por Camacho. Se partirmos do princípio que este jogo era para deitar fora, não deixa de ser bom que se testem dois jovens em jogo de elevada exigência. Serve para perceber o potencial e a maturidade que eles possam ter (Camacho já tentou vencer o Inter colocando o Manuel Fernandes, que fazia então o segundo ou terceiro jogo oficial pelo Benfica) e para educar os jogadores a comportarem-se nestes grandes palcos. Edcarlos, como diante da Naval, demonstrou a sua banalidade. O puto cedeu à pressão.
Quanto ao jogo, o Benfica deu o que lhe era permitido oferecer. Com Camacho, apesar de todos os erros que lhe queiram (e até podem) imputar, os jogadores têm pelo menos o alento para continuar a lutar por algo, mesmo que completamente subjugados pelo adversário. Não põem os olhos no chão e isso é uma clara melhoria relativamente a outros tempos. Pormenor a salientar: o Benfica jogou com 7 reforços. O único jogador com menos de duas épocas no Milan é Oddo.

Di Maria tem um potencial tremendo. A forma como trata a bola não engana. Cabecinha no lugar, um ano de rodagem competitiva, vontade de ficar e o Benfica sem vontade de vender, acho que temos aqui gajo para na próxima época se tornar a estrela da nossa Liga e liderar a equipa numa boa caminhada europeia. Há quem o considere demasiado individualista. Discordo. Tendo em conta as suas caracteristicas, acho que tem mesmo de o ser.

Não há pachorra para o Luis Filipe...

1 Comments:

Blogger Edson Arantes do Nascimento said...

Epá, eu não percebo porque é que o Edcarlos 'é banal', depois de apenas 2 jogos - um contra a Naval, ao lado do Katsouranis (3-0) e outro contra o AC Milan, campeão da europa e a jogar em casa, ao lado... do Miguel Vítor.

Eu até que gostei do jogo dele - nas condições em que se jogou, dificilmente faria melhor. Fico à espera de ver mais.

Banal, banal, foi o Camacho.

Não tenho medo de dizer que, se fosse o Fernando Santos a fazer o que ele fez ontem (mudar o esquema da equipa só porque se jogava na casa do campeão europeu) estávamos todos aqui a desejar a morte do homem.

Não me lembro do Camacho ter feito igual enquanto esteve no Benfica, por isso, desiludiu-me a atitude de um treinador que, com o discurso cheio de personalidade que ele tem, não se pode dar a incongruências destas.

Com os mesmos jogadores o Benfica podia ter jogado no 4-4-2 habitual (Quim; Luís Filipe - um jogador que nunca foi bom nem nunca será, meu rico Netcha -, Edcarlos, Miguel Vítor, Léo; Pereira, Katsouranis, Rui Costa, Rodriguez; Di Maria, Cardozo).

quarta-feira, setembro 19, 2007 10:41:00 da manhã  

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