Inglaterra vs Portugal
Estou em divórcio litigioso com aquela que, até ontem, era a minha selecção europeia preferida. O que os holandeses ontem fizeram, foi baixo de mais, agravado pela tentativa de branquear a questão por parte de Marc Van Basten, jogador que tanto admirei. Pode ser que o romance renasça por alturas do próximo Mundial. Para já, no que toca à caminhada para o Euro'08, estimo bem que se fodam. E por cá, espero que certo senhor pense duas vezes antes de voltar a criticar-nos com exemplos lá da terra. Não somos santinhos, mas eles também não são exemplo.
Portugal entrou muito mal no jogo, mas logo se percebeu a disponibilidade para lutar pelo resultado. O próprio golo é um exemplo de raça, esforço e espírito de sacrifício. O puto Ronaldo, já lesionado, fez gato sapato dos laranjas e iniciou a jogada que culminaria com o golo da vitória. Costinha, infantilmente, dificultou-nos, e muito, a vida, mas Scolari voltou a mostrar ser exímio na hora de mexer na equipa. Muitos dirão que fez o óbvio, mas quantas vezes não vimos treinadores questionarem a lógica nestes momentos? Mal esteve Van Basten, que na hora de retirar um defesa, optou por deixar aquele caceteiro que já escapara à expulsão. E Figo deu-lhe a lição. Mas mesmo em inferioridade numérica, Portugal foi sempre um bloco unido e coeso - ontem, muito me lembrei de certa noite norueguesa, onde uma infantilidade de Nuno Gomes forçou Tiago, Petit e Simão a esforço redobrado - e nunca se inibiu de mostrar que a baliza de Van der Sar se mantinha um objectivo. Talvez por isso, os deuses da sorte nos tenham premiado. Portugal arrisca-se a ter quatro baixas para os quartos de final - veremos o que se passa com Ronaldo e se algo poderá acontecer a Figo -, mas se continuar a jogar com a entrega de ontem, não há bife que valha a Eriksson.
O próximo adversário de Portugal também entrou mal na partida. Eriksson optou por Rooney na frente de um triângulo de vértice defensivo, mas nunca se percebeu a quem cabia pautar o jogo da equipa. Gerard e Lampard andavam nessa indecisão, enquanto Cole e Ferdinand seguravam as coisas na rectaguarda. O Equador jogava de forma mais expectante e, ainda assim, era a única equipa a criar algum perigo. Após o intervalo, os sul-americanos entraram ainda mais cínicos, preocupando-se apenas em fechar os caminhos para a baliza e aguardando pelo erro britânico... que não seurgiu. O que surgiu foi um livre bem à medida de Beckham, que, mais uma vez, responde em campo às considerações da crítica. A Inglaterra passou então a gerir a posse de bola e o Equador, apesar da boa vontade, apresentou poucos argumentos para reverter o resultado. Contudo, pelo que os ingleses pouco fizeram, os jogadores andinos mereciam mais meia hora de futebol.
Portugal entrou muito mal no jogo, mas logo se percebeu a disponibilidade para lutar pelo resultado. O próprio golo é um exemplo de raça, esforço e espírito de sacrifício. O puto Ronaldo, já lesionado, fez gato sapato dos laranjas e iniciou a jogada que culminaria com o golo da vitória. Costinha, infantilmente, dificultou-nos, e muito, a vida, mas Scolari voltou a mostrar ser exímio na hora de mexer na equipa. Muitos dirão que fez o óbvio, mas quantas vezes não vimos treinadores questionarem a lógica nestes momentos? Mal esteve Van Basten, que na hora de retirar um defesa, optou por deixar aquele caceteiro que já escapara à expulsão. E Figo deu-lhe a lição. Mas mesmo em inferioridade numérica, Portugal foi sempre um bloco unido e coeso - ontem, muito me lembrei de certa noite norueguesa, onde uma infantilidade de Nuno Gomes forçou Tiago, Petit e Simão a esforço redobrado - e nunca se inibiu de mostrar que a baliza de Van der Sar se mantinha um objectivo. Talvez por isso, os deuses da sorte nos tenham premiado. Portugal arrisca-se a ter quatro baixas para os quartos de final - veremos o que se passa com Ronaldo e se algo poderá acontecer a Figo -, mas se continuar a jogar com a entrega de ontem, não há bife que valha a Eriksson.
O próximo adversário de Portugal também entrou mal na partida. Eriksson optou por Rooney na frente de um triângulo de vértice defensivo, mas nunca se percebeu a quem cabia pautar o jogo da equipa. Gerard e Lampard andavam nessa indecisão, enquanto Cole e Ferdinand seguravam as coisas na rectaguarda. O Equador jogava de forma mais expectante e, ainda assim, era a única equipa a criar algum perigo. Após o intervalo, os sul-americanos entraram ainda mais cínicos, preocupando-se apenas em fechar os caminhos para a baliza e aguardando pelo erro britânico... que não seurgiu. O que surgiu foi um livre bem à medida de Beckham, que, mais uma vez, responde em campo às considerações da crítica. A Inglaterra passou então a gerir a posse de bola e o Equador, apesar da boa vontade, apresentou poucos argumentos para reverter o resultado. Contudo, pelo que os ingleses pouco fizeram, os jogadores andinos mereciam mais meia hora de futebol.
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