quarta-feira, maio 09, 2007

Ainda não foi desta...


De que serve pedir um pavilhão cheio* se depois não se tem qualquer atitude na abordagem ao jogo? Inacreditável a forma como o Benfica foi subjugado nas tabelas. Nem com dois postes em campo foi capaz de ganhar ressaltos aos portistas. Esta equipa do Benfica é excessivamente americanizada. Ao longo da época percebeu-se que há pouco colectivo e muita queda para o jogo individual. E que falta agressividade defensiva. O Benfica conseguiu levar as meias-finais para a negra porque conseguiu ter essas características no jogo 4. Ontem voltou a esquecer tudo e a demonstrar que um bom lote de jogadores não é sufieciente para formar uma verdadeira equipa.
Volto a sublinhar a questão da atitude. Com a excepção do Leroy, dá a ideia que nenhum dos americanos assimilou a dimensão da camisola que veste. Nem percebeu qual é a importância de enfrentar o Porto nesta modalidade. O Carlos Andarde é, por estes dias, o único portador da mística do clube. Ontem foi o último a recolher aos balneários (já as entrevistas pos-jogo tinham terminado), de forma vagarosa e visivelmente abatido. Falta o Xico, é certo, que passou todo o jogo a incentivar a equipa. O Minhava é um excelente jogador, mas também precisa de ser contagiado.
Depois há a questão técnica. Henrique Vieira foi um grande jogador, mas a verdade é que, como ´treinador, é a versão basquetebolística do Nandinho. Tem espírito de looser. Ganhou uma Liga? também o Nandinho. Mas tal como o outro perdru um campeonato com o Jardel em grande forma, este colecciona um número impressionante de finais perdidas com belos plantéis ao seu dispôr. Ontem, a pouco menos de 2 minutos do fim do jogo, a desvantagem oscilava entre os 8 e os 10 pontos. E em vez de delinear uma estratégia para dar a volta, deixou o tempo correr. Triste. Acabámos sem dar luta e a deixar o marcador avolumar.
Sobe para 12 o número de anos sem atingir a final da Liga.

* excelente resposta dos outros atletas do clube. Pelo futebol estiveram presentes Rui Costa, Petit e João Coimbra. Bebé, Ricardinho e Joni representaram o futsal. E ainda se avistaram alguns elementos do vólei.

2 Comments:

Blogger Pedro said...

E o q mais raiva me deu foi ver uma exibição paupérrima depois de ter assistido a uma brilhante vitória na jogo anterior. Foi o passar do 80 para o 8 em dois dias...

O pavilhão cheio sempre a apoiar se recorrer às tácticas terroristas tipicas dos andrades. Parabens a todos!!!

quinta-feira, maio 10, 2007 11:43:00 da manhã  
Blogger Glorioso11385 said...

Boa análise ao jogo de basquete. O Benfica foi incapaz de opor-se ao jogo interior do FC Porto. O Babo optou por jogar simultaneamente com o LJ Smith, o Whorton e o Rodrigo Mascarenhas e o Benfica foi incapaz de impor um ritmo de jogo que o obrigasse a alterar a estratégia. Faltou pressão sobre o jogo exterior, procurando roubar bolas e acelerar o jogo. O Babo poderia, assim, ter de colocar uma equipa mais baixa em campo, para contrariar a velocidade do Benfica. Sem fazer uma grande primeira parte, o FC Porto só vencia ao intervalo graças aos segundos lançamentos, pois ganhou muitos ressaltos na nossa tabela. E nós, para termos uma equipa grande em campo, obrigamos a um esforço grande do "velho" (35 anos) Stanback, do "gordo" Leroy Watkins e do Brooks Sales, que sempre me pareceu demasiado cansado. Os homens grandes do Porto estavam bem mais frescos.

Quanto ao facto de haver muitos estrangeiros, isso também foi determinado pela lesão do Francisco Rodrigues, que funciona como português, e do António Tavares. Mas foi evidente que no 5.º jogo faltou nervo.

Por último, o treinador. Conheço pessoalmente o Henrique Vieira e é uma pessoa de quem gosto, mas costumo dizer que é o treinador das finais perdidas. Este ano, no Benfica perdeu as da Taça da Liga e do Torneio dos Campeões. Na Taça de Portugal, o Benfica conseguiu ser derrotado pela mais fraca equipa da Liga e agora tivemos esta desilusão. Também achei que deveria ter feito mais no final. Quando estávamos a 10/12 pontos, a 4 minutos do fim, deveria ter sido feita pressão em todo o campo, nem que fosse com recurso a jogadores mais jovens. O FC Porto tentou-o no domingo, com o Augusto Sobrinho, e, apesar de nunca ter ameaçado verdadeiramente a vitória do Benfica, aproximou-se. O nosso treinador, que sabia que ali poderia acabar a época, não o tentou. Sentia que a equipa não o conseguiria? Sem tentar é que nada é possível.

E assim passa mais uma época de grande desilusão. E confesso que, no início da temporada, estava convencido de que esta seria a época do Benfica.

quinta-feira, maio 10, 2007 12:01:00 da tarde  

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