quarta-feira, novembro 22, 2006

Miserável

Os adeptos do Benfica que foram à Luz deram uma grande lição no momento em que as três equipas subiram ao relvado. Maioritariamente de pé, aplaudiram fortemente a equipa, mostrando que estavam ao seu lado apesar da derrocada de Braga. E o Benfica teve tudo para os premiar com um resultado histórico, não fosse uma exibição miserável na segunda parte. Na primeira parte, praticamente a passo, arrumaram com os dinamarqueses, pelo que abrandar o ritmo até se afigurava como uma tarefa impossível. Mas em vez de se circular a bola e continuar a procurar o golo, assistiu-se antes a uma demonstração de apatia. E do banco não surgiam sinais de preocupação. Os três do costume ficaram a aquecer até aos 70 minutos, altura em que se acrescentou uma unidade a um meio-campo que já não pressionava, nem apresentava qualquer mobilidade. E se já há uns minutos que se desconfiava que o golo dinamarquês estava para surgir, a partir daí tornou-se praticamente certo. Allback não quis desiludir os Zandingas de bancada e recebeu até alguns aplausos. Vergonhoso, Nandinho... vergonhoso! Por aqui continua a aguardar-se o anúncio da sua rescisão. Ter-se-á ele apercebido de como foram marcados os dois primeiros golos? Por mais que se diga que os jogos se resolvem a meio-campo, eu continuo a achar que não há futebol sem extremos.

ps- É indesmentível que Quim não atravessa uma boa fase. Parace preso de movimentos. Mas será que adianta mudar? O problema estará mesmo nele ou em quem os treina? Estará Justino à altura dos seus antecessores?

3 Comments:

Blogger Edson Arantes do Nascimento said...

É injusto que tenhas dado o título «Miserável» a uma "posta" que aborda o último jogo do Benfica.

Concordo plenamente com a tua descrição da segunda metade do jogo. Mas seria de esperar outra coisa?

Achas que iam continuar a acelerar, pressionar e atacar a baliza como o fizeram na primeira parte?

O problema deste Benfica não são equipas como o Copenhaga (o do Koeman, por exemplo, sofria mais com este tipo de adversários).

Contra estes (e outros, como Beira-Mar e afins) jogam bem, fazem golos e não dão hipótese. Quando alguém os aborda «olhos nos olhos» e sem «medos», aí sim, a casa vem abaixo.

quinta-feira, novembro 23, 2006 3:29:00 da tarde  
Blogger Quetzal Guzman said...

"Achas que iam continuar a acelerar, pressionar e atacar a baliza como o fizeram na primeira parte?"

O problema está mesmo aqui. Eu não acho que tenha existido muita intensidade de jogo na primeira parte, logo, iam abrandar relativamente ao quê? Como escrevi, acho que isso seria impossível. A equipa alheou-se do jogo, o que é substancialmente diferente. Na minha opinião, manter o ritmo, que já era lento, não implicaria qualquer desgaste físico. E se o problema era esse, refrescasse-se ao intervalo. Se nem estes jogos servem para dar ritmo aos reservas, pergunto-me qual será.

sexta-feira, novembro 24, 2006 7:40:00 da tarde  
Blogger Edson Arantes do Nascimento said...

Epá, ó Quetzal..., 3 e zero, ao intervalo, numa competição como a Liga dos Campeões, é meritório.

Em relação ao resto concordo contigo, mas a primeira parte foi óptima.

«Iam abrandar» porque o resultado estava feito, parece-me óbvio, evidente e bem feito porque outras "batalhas" se adivinham e há que estar disponível.

terça-feira, novembro 28, 2006 12:50:00 da tarde  

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