duas coisas
(em forma de post devido ao tamanho - originalmente era um comentário à posta do Quetzal):
1. Quando o Quetzal se refere aos EUA, dizendo que eles «estão bem preparados fisicamente e dominam o básico do jogo - passe e recepção [e controlo, acrescento eu] de bola» eu concordo, mas acrescento que "isto" chama-se "técnica".
Os Americanos são tecnicamente bons porque dominam os fundamentos básicos (que no futebol são apenas três - passe, recepção, controlo da bola) do jogo - a mesma coisa serve para jornalistas, calceteiros, gestores e pilotos de fórmula 1. São tecnicamente bons aqueles que dominam os conceitos básicos de cada actividade.
Parece-me que se confunde, demasiadas vezes, "técnica" com "habilidade". Os EUA, por exemplo, são bons tecnicamente (não sendo fantásticos) mas não são muito habilidosos.
Na minha opinião, isso acontece porque nos EUA, gostemos ou não, eles têm "escola". Os jogadores americanos são muito bem trabalhados, ensinados, têm uma boa cultura táctica (jogam em dois sistemas muito diferentes, 4-4-2 e 3-5-2, com igual eficácia) e são acompanhados por um staff técnico altamente qualificado e equipado.
Daí achar que eles não estagnaram, pelo contrário, estão em constante evolução (como é apanágio dos americanos em geral).
Vi vários jogos deles no Mundial sub-20 do ano passado e, para além de uma boa equipa, tinham dois jogadores que me ficaram na retina: Feilhaber (que foi para o Hamburgo, médio-centro "à Tiago") e Wynne (lateral/médio direito, que entretanto foi transferido para o Everton).
«Benny Feilhaber, aqui com o jersey do Hamburgo, é um médio muito bom
Para além disso, eles têm uma quantidade estúpida de praticantes (no "Desporto Escolar") o que aumenta as possibilidades de escolha, como sabemos.
Não esqueçamos também que, devido à pouca competitividade regional, as selecções jovens estão sempre presentes nas competições internacionais, com os benefícios que se conhecem.
2. A Costa do Marfim (e o Gana). Não concordo nem um bocadinho com o que o Quetzal escreveu.
O problema da Costa do Marfim é simples: falta de experiência. Só. Têm uma equipa equilibrada, com muitas opções de qualidade - mas quase todos relativamente jovens, inexperientes (é a primeira vez que estão num Mundial, por exemplo).
No jogo com a Argentina sofreram desse mal - e vão para o balneário a perder por dois, com dois golos sofridos de forma infantil e uns três ou quatro falhados... de forma infantil (Keita duas vezes, Drogba).
Em termos de qualidade a Argentina é supérflua - Riquelme, Saviola, Crespo, jogam de olhos fechados e acumulam uma experiência incomparável com a de um Boka, Yaya Touré e Zokora (que perfazem um duplo-tandem fantástico), Eboué, até Aruna e Arouna Koné.
«Duplo-tandem: Touré e Didier Zokora
Apenas Drogba e (Bonaventure) Kalou podem ombrear com a generalidade dos Argentinos. E foi aí que se fez a diferença porque em termos de "jogo jogado" ela foi mínima.
O Gana, por exemplo, não me agradou tanto - têm uma defesa insegura, um meio campo monocórdico (com dois jogadores muito bons, Appiah e Essien e outro bom, Muntari) e um ataque mole e sem opções.
1. Quando o Quetzal se refere aos EUA, dizendo que eles «estão bem preparados fisicamente e dominam o básico do jogo - passe e recepção [e controlo, acrescento eu] de bola» eu concordo, mas acrescento que "isto" chama-se "técnica".
Os Americanos são tecnicamente bons porque dominam os fundamentos básicos (que no futebol são apenas três - passe, recepção, controlo da bola) do jogo - a mesma coisa serve para jornalistas, calceteiros, gestores e pilotos de fórmula 1. São tecnicamente bons aqueles que dominam os conceitos básicos de cada actividade.
Parece-me que se confunde, demasiadas vezes, "técnica" com "habilidade". Os EUA, por exemplo, são bons tecnicamente (não sendo fantásticos) mas não são muito habilidosos.
Na minha opinião, isso acontece porque nos EUA, gostemos ou não, eles têm "escola". Os jogadores americanos são muito bem trabalhados, ensinados, têm uma boa cultura táctica (jogam em dois sistemas muito diferentes, 4-4-2 e 3-5-2, com igual eficácia) e são acompanhados por um staff técnico altamente qualificado e equipado.
Daí achar que eles não estagnaram, pelo contrário, estão em constante evolução (como é apanágio dos americanos em geral).
Vi vários jogos deles no Mundial sub-20 do ano passado e, para além de uma boa equipa, tinham dois jogadores que me ficaram na retina: Feilhaber (que foi para o Hamburgo, médio-centro "à Tiago") e Wynne (lateral/médio direito, que entretanto foi transferido para o Everton).
«Benny Feilhaber, aqui com o jersey do Hamburgo, é um médio muito bom
Para além disso, eles têm uma quantidade estúpida de praticantes (no "Desporto Escolar") o que aumenta as possibilidades de escolha, como sabemos.
Não esqueçamos também que, devido à pouca competitividade regional, as selecções jovens estão sempre presentes nas competições internacionais, com os benefícios que se conhecem.
2. A Costa do Marfim (e o Gana). Não concordo nem um bocadinho com o que o Quetzal escreveu.
O problema da Costa do Marfim é simples: falta de experiência. Só. Têm uma equipa equilibrada, com muitas opções de qualidade - mas quase todos relativamente jovens, inexperientes (é a primeira vez que estão num Mundial, por exemplo).
No jogo com a Argentina sofreram desse mal - e vão para o balneário a perder por dois, com dois golos sofridos de forma infantil e uns três ou quatro falhados... de forma infantil (Keita duas vezes, Drogba).
Em termos de qualidade a Argentina é supérflua - Riquelme, Saviola, Crespo, jogam de olhos fechados e acumulam uma experiência incomparável com a de um Boka, Yaya Touré e Zokora (que perfazem um duplo-tandem fantástico), Eboué, até Aruna e Arouna Koné.
«Duplo-tandem: Touré e Didier Zokora
Apenas Drogba e (Bonaventure) Kalou podem ombrear com a generalidade dos Argentinos. E foi aí que se fez a diferença porque em termos de "jogo jogado" ela foi mínima.
O Gana, por exemplo, não me agradou tanto - têm uma defesa insegura, um meio campo monocórdico (com dois jogadores muito bons, Appiah e Essien e outro bom, Muntari) e um ataque mole e sem opções.
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