Os primeiros grandes candidatos
Com vários pretendentes teóricos - onde o Brasil surge à cabeça - a squadra azurra foi, com uma exibição a roçar a perfeição, a selecção que, nos relvados alemães, mais assumiu a candidatura ao título mundial. À já tradicional solidez defensiva, esta Itália soma um ataque acutilante e poderoso, sustentado num meio-campo versátil com bons indíces de recuperação de bola, agressividade q.b., segurança na posse de bola, criatividade e qualidade de passe. Um bloco coeso, onde todos desempenham um papel igualmente importante e raramente alguém se destaca. A qualidade do futebol italiano foi valorizado por um Gana que demonstrou ser a melhor selecção africana no torneio. Tacticamente, os ganeses são muito mais maduros que os seus conterrâneos, o que lhes permite apresentar um futebol igualmente perfumado mas mais competente e objectivo. Pena a ausência de avançados capazes de materializar a qualidade do seu jogo.
À tarde, a República Checa também mostrara argumentos, embora diante de um adversário mais fraco. O estádio era Genselkirchen, mas mais parecia estarmos no Westfallenstadion a assisitir à despedida de Rossicki aos seus adeptos. O novo reforço do Arsenal deu um verdadeiro recital de futebol num jogo em que os checos mostraram como se gere uma vantagem sem abdicarem de a ampliar. Os Estados Unidos, para já, parecem ter estagnado. Têm bom posicionamento táctico, estão bem preparados fisicamente e dominam o básico do jogo - passe e recepção de bola -, mas continuam a faltar jogadores que façam a diferença. Dificilmente surpreenderão com há quatro anos.
Entretanto, ao início da tarde, Hiddink protagonizou uma espectacular reviravolta. No entanto, a Austrália está longe de ser o equivalente à Coreia do Sul de 2002. A selecção até tem bons executantes mas parece sempre excessivamente dependente de Kewell e Bresciano. Do lado do Japão, Zico montou uma equipa que troca bem a bola no seu meio-campo mas falta poder de fogo.
Na véspera, Portugal entrou a ganhar e, mais importante que isso, marcou o primeiro golo do seu jogo de estreia, algo que não acontecia desde que, há 20 anos, Carlos Manuel marcou frente à Inglaterra. Na primeira parte, nada a apontar. Portugal entrou bem, marcou cedo e geriu bem o resultado, criando uma ou outra oportunidade para ampliar o resultado. Já na segunda, confiou em demasia e acabou por ser surpreendida por uma súbita ascensão angolana, magistralmente comandada por Figueiredo. É verdade que conseguiu sempre controlar as investidas angolanas, mas jogou sempre no limite do risco. Figo foi o homem do jogo e, embora se nota que o seu futebol se torna menos fluído que nas alas, mostrou que pode assumir a posição de Deco. Simão e Ronaldo estiveram abaixo do que podem fazer, situação que, no caso do madeirense, foi agravada por excessos de individualismo inconsequente. Tiago, que, pessoalmente, é a minha grande expectativa para este Mundial, esteve sempre muito nervoso e acabou por desiludir. No outro jogo do grupo, o Irão entrou muito bem no jogo e, durante toda a primeira parte, manteve o México em sentido. Quando se esperava que a segunda parte confirmasse o ascendente iraniano, a quebra física de Karimi e a acção de Rafael Márquez, que começou a surgir mais perto da área adversário, empurrando a sua equipa para a frente, tudo alterou. O resultado acabou por ser justo, embora pesado.
Ao início da tarde, teve lugar o 'Robben Show'. Um bom espectáculo, com muita ilusão e malabarismo, que a certa altura se tornou algo irritante. É a objectividade que distingue os 'artistas' das verdadeiras 'estrelas'. E Robben parece mais preocupado em armar-se em 'artista'. A capacidade individual deve ser, sempre, colocada ao serviço do colectivo e foi isso que distinguiu Maradona e distingue Ronaldinho duma enormidade de pretendententes a astros da bola. Em vários momentos, dei por mim a recordar o 'fenómeno' na sua época de estreia em Espanha. Deu inúmeros recitais de futebol, mas foram os jogos em que o Barcelona emperrou por Ronaldo querer fazer tudo e nada copnseguir, que entregaram o título ao Real. Que a Holanda não sofra o mesmo destino. A Sérvia & Montenegro foi uma desilusão. Futebol mastigado e previsível, sem um rasgo de criatividade. Ainda assim, fruto de algumas fases de sonolência laranja, tiveram as suas oportunidades, prontamente desperdiçadas por uma dupla de pontas de lança ultra-desinspirada. Os brasileiros da Europa? Só num passado muito distante.
A abrir o grupo C, a Argentina, sem Messi e Carlitos Tevez, e com um 4-4-2 que, em posse de bola, se desdobrava em 3-5-2, mostrou duas faces. Na primeira parte, uma selecção forte que impôs o jogo objectivo e de qualidade que a carcteriza. Na segunda, limitou-se a gerir a posse de bola e hesitou sempre em atacar a defesa contrária. O ponto claramente negativo foi Mascherano. Muito macio, raramente conseguiu filtrar o jogo. As poucas oportunidades dos africanos nasceram de erros posicionais do médio defensivo. Do outro lado, uma grande desilusão. A Costa do Marfim não tem futebol para sustentar o seu poderio atacante e a solução de último recurso passa por despejar bolas em Drogba. Bem sei que foi muito elogiada, mas trocar a bola sem progressão, não me seduz.
À tarde, a República Checa também mostrara argumentos, embora diante de um adversário mais fraco. O estádio era Genselkirchen, mas mais parecia estarmos no Westfallenstadion a assisitir à despedida de Rossicki aos seus adeptos. O novo reforço do Arsenal deu um verdadeiro recital de futebol num jogo em que os checos mostraram como se gere uma vantagem sem abdicarem de a ampliar. Os Estados Unidos, para já, parecem ter estagnado. Têm bom posicionamento táctico, estão bem preparados fisicamente e dominam o básico do jogo - passe e recepção de bola -, mas continuam a faltar jogadores que façam a diferença. Dificilmente surpreenderão com há quatro anos.
Entretanto, ao início da tarde, Hiddink protagonizou uma espectacular reviravolta. No entanto, a Austrália está longe de ser o equivalente à Coreia do Sul de 2002. A selecção até tem bons executantes mas parece sempre excessivamente dependente de Kewell e Bresciano. Do lado do Japão, Zico montou uma equipa que troca bem a bola no seu meio-campo mas falta poder de fogo.
Na véspera, Portugal entrou a ganhar e, mais importante que isso, marcou o primeiro golo do seu jogo de estreia, algo que não acontecia desde que, há 20 anos, Carlos Manuel marcou frente à Inglaterra. Na primeira parte, nada a apontar. Portugal entrou bem, marcou cedo e geriu bem o resultado, criando uma ou outra oportunidade para ampliar o resultado. Já na segunda, confiou em demasia e acabou por ser surpreendida por uma súbita ascensão angolana, magistralmente comandada por Figueiredo. É verdade que conseguiu sempre controlar as investidas angolanas, mas jogou sempre no limite do risco. Figo foi o homem do jogo e, embora se nota que o seu futebol se torna menos fluído que nas alas, mostrou que pode assumir a posição de Deco. Simão e Ronaldo estiveram abaixo do que podem fazer, situação que, no caso do madeirense, foi agravada por excessos de individualismo inconsequente. Tiago, que, pessoalmente, é a minha grande expectativa para este Mundial, esteve sempre muito nervoso e acabou por desiludir. No outro jogo do grupo, o Irão entrou muito bem no jogo e, durante toda a primeira parte, manteve o México em sentido. Quando se esperava que a segunda parte confirmasse o ascendente iraniano, a quebra física de Karimi e a acção de Rafael Márquez, que começou a surgir mais perto da área adversário, empurrando a sua equipa para a frente, tudo alterou. O resultado acabou por ser justo, embora pesado.
Ao início da tarde, teve lugar o 'Robben Show'. Um bom espectáculo, com muita ilusão e malabarismo, que a certa altura se tornou algo irritante. É a objectividade que distingue os 'artistas' das verdadeiras 'estrelas'. E Robben parece mais preocupado em armar-se em 'artista'. A capacidade individual deve ser, sempre, colocada ao serviço do colectivo e foi isso que distinguiu Maradona e distingue Ronaldinho duma enormidade de pretendententes a astros da bola. Em vários momentos, dei por mim a recordar o 'fenómeno' na sua época de estreia em Espanha. Deu inúmeros recitais de futebol, mas foram os jogos em que o Barcelona emperrou por Ronaldo querer fazer tudo e nada copnseguir, que entregaram o título ao Real. Que a Holanda não sofra o mesmo destino. A Sérvia & Montenegro foi uma desilusão. Futebol mastigado e previsível, sem um rasgo de criatividade. Ainda assim, fruto de algumas fases de sonolência laranja, tiveram as suas oportunidades, prontamente desperdiçadas por uma dupla de pontas de lança ultra-desinspirada. Os brasileiros da Europa? Só num passado muito distante.
A abrir o grupo C, a Argentina, sem Messi e Carlitos Tevez, e com um 4-4-2 que, em posse de bola, se desdobrava em 3-5-2, mostrou duas faces. Na primeira parte, uma selecção forte que impôs o jogo objectivo e de qualidade que a carcteriza. Na segunda, limitou-se a gerir a posse de bola e hesitou sempre em atacar a defesa contrária. O ponto claramente negativo foi Mascherano. Muito macio, raramente conseguiu filtrar o jogo. As poucas oportunidades dos africanos nasceram de erros posicionais do médio defensivo. Do outro lado, uma grande desilusão. A Costa do Marfim não tem futebol para sustentar o seu poderio atacante e a solução de último recurso passa por despejar bolas em Drogba. Bem sei que foi muito elogiada, mas trocar a bola sem progressão, não me seduz.
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