segunda-feira, junho 18, 2007

"Futsal, Paixão, Benfica Campeão!"

Foi com este refrão que os adeptos benfiquistas se despediram da sua equipa, já depois de um largo período de exercícios de descompressão muscular por parte dos jogadores em pleno pavilhão Paz e Amizade. Oportunidade para, mais uma vez, se comprovar a forte ligação existente entre aquela secção e os adeptos. Praticamente todos os atletas vieram falar com o público, assim como o engenheiro Luis Moreira e o treinador Adil Amarante. Estes dois, aliás, não se esqueceram do calor insuportável que se fez sentir ao longo de quase duas horas na sauna de Loures e distribuiram dezenas de garrafas de água entre o público.
Nos diálogos que foi mantendo, Adil Amarante relembrou várias vezes que o campeonato não está ganho e que o Benfica enfrenta um colectivo muito forte. No entanto, após a exibição de ontem, com os olés a surgirem a 13 minutos do final (!!!), é difícil manter a serenidade.
O Sporting entrou bem e aproveitou uma infantilidade de Ricardinho para inaugurar o marcador. O jogo entrou então na toada esperada. Benfica a atacar, Sporting a controlar lá atrás e a sair em rápidos contra-ataques. E podia ter ampliado a vantagem, não fosse o poste. Mas o Benfica, com excepção para um curto período em que Paulo Fernandes conseguiu pôr a sua equipa a pressionar mesmo à saída da área de Bebe, lá conseguiu encostar o adversário às cordas e Cristiano - ironicamente, parece que o moço até integra uma das claques encarnadas -, como já acontecera há uns meses, começou a perfilar-se como o melhor jogador em campo. Mas quem tem um génio como Ricardinho e um estratega da qualidade de Pedro Costa acaba sempre por dar a volta por cima. A segunda parte, embora Bebe tenha estado mais activo, acabou por ser um passeio para o Benfica.

Duas notas:
1- O Telejornal dedicou 40 segundos a este jogo. E ficamos a saber que os "duelos verbais" entre adeptos são mais importantes que os golos do Benfica. Bravo RTP!
2- A mítica, lendária, histórica, (inserir outros adjectivos jeitosos aqui), Juve Leo abandonou o pavilhão após o terceiro golo do Benfica. A Torcida Verde, tantas vezes gozada e apelidada da claque Cercis, aguentou-se até ao fim e foi a única a esgrimir argumentos com os benfiquistas no apoio vocal. Merece ser destacada porque, contrariamente a outros, curiosamente os que passam a vida a exigir das direcções dos seus clubes, prefere ter o proveito em vez da fama.

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