6ª época, 3ª dobradinha

Depois do balde de água fria de sábado, com o Benfica a oferecer, como já acontecera em Loures, golos ao adversário, os lagartos provaram do seu próprio veneno: golo marcado, trancas na baliza. Olhando só para ontem, a lagartagem merecia o prolongamento, mas considerando os três jogos da final do play-off, o título, que era obrigatório - o plantel deste ano é, sem sombras de dúvida, o melhor conjunto de jogadores que qualquer equipa já apresentou em Portugal -, é mais que justo. Agora, com os reforços anunciados, é hora de voltar a tentar a Europa e conquistar o ambicionado troféu que nos falta.
Uma palavra para o Zezito, essa pobre alma que sofre por não poder envergar o jersey encarnado. Ele bem pediu durante todo o jogo. Era vê-lo gritar com os árbitros, com os nossos jogadores e até com o público. "Vá lá, deixem-me jogar pelo Benfica", implorava por entre expressivos e comoventes gestos. Deu pena... Custava muito fazer a vontade ao pobre homem?
A fechar, uma nota de curiosidade. Foi a meio da primeira parte que um pequeno grupo, segurando uma tarja ilegível - os benfiquistas, como se sabe, são poucos dotados intelectualmente, sendo natural que não consigam ler de pernas para o ar -, que um pequeno grupo de adeptos esverdeados entrou no recinto. No entanto, limitaram-se a urrar por uns segundos e a fazer umas saudações nazis na nossa direcção. Depois, para desilusão dos benfiquistas, foram-se embora. É pena, porque nós até gostamos de circo. E o Zezito bem precisava de companhia.