terça-feira, setembro 22, 2009

Mais três pontos para o SLB

Ontem aprendi muita coisa. Aprendi, por exemplo, que no jogo perigoso interessa perceber se o jogador jogou a bola primeiro ou não. Ao cuidado do Cardozo: Óscar, quando um defesa se preparar para cabecear uma bola, é entrar de pitons à testa do gajo. Importante é que toques primeiro na bola, nem que seja de raspão. Se falhares não te preocupes. É apenas um azar, jogo perigoso de quem queria disputar a bola. Ninguém te dará vermelho por isso. Mas também aprendi outra coisa extraordinária, tendo em conta as dezenas de vezes que ouvi a expressão "é jogo perigoso por isso não pode ser penalty": não há livres directos no jogo perigoso, apesar da Lei dizer o contrário. Trata-se seguramente de uma gralha, o que explica o ataque de surdez dos lagartos sempre que inquiridos a este propósito. Ataque mais habitual é o de choro: "eu só sei é que são sempre os mesmos a mamar", facto ontem comprovado ao minuto 41.

Mas o que realmente importa é que somámos mais três pontos no domingo, num jogo bastante complicado. Tanto gozei nos últimos jogos que lá fui forçado a passar por 45 minutos de sofrimento. Apesar de tudo, fica o agradecimento aos jogadores, que lutaram tanto como gritaram os da bancada. Nem sempre se pode jogar bem, mas é importante que se lute sempre e até ao final. Agora, por favor, voltem a resolver os jogos rápido para eu poder continuar a sorrir na bancada enquanto me viro para o lado e digo "Anos 80 Allez!"

Foi bonita a homenagem na quinta-feira. Na Croácia também não se esqueceram:

segunda-feira, setembro 14, 2009

Há 15 anos o Benfica jogou em Split

Benfica Vencer Vencer

Primeiro as férias, depois um problema na minha conta do Blogger, por fim uma pequena cirurgia que, inclusivamente, me impediu de ver ao vivo os 8 golos ao Vitória. Algumas das coisas que ficaram para trás mereceriam ser abordadas, mas para já não se justifica. Agora é tempo de exaltação da família benfiquista. Há dois meses vi expressões abatidas no rosto de pessoas cuja vivência benfiquista é de tal forma intensa que jamais imaginaria que atingissem tamanho ponto de descrédito e desconfiança no seu Clube e nos seus ídolos. Hoje vejo-os recuar três décadas, exibindo sorrisos dignos de figurar em qualquer parque infantil.
Sim, o futuro espreita risonho. Há que agarrá-lo com força e o Restelo tem obrigatoriamente que ser o exemplo para os próximos oito meses. É certo que aquele estádio sempre assistiu a grandes momentos de apoio benfiquista (basta recordar como a cinzenta exibição do Benfica de Camacho foi contrariada por uma vibrante falange de apoio, que não se cansou de maltratar as suas cordas vocais até que o apito final soou), mas domingo viveu-se algo de inacreditavelmente forte, algo que provocou arrepios constantes ao longo de 90 minutos. A equipa já percebeu que nós estamos com eles. E não seremos nós, seguramente, a falhar. Eles que não nos falhem também. Não basta dizer que somos Grandes como nunca viram, que temos adeptos como nunca conheceram. Há que continuar a lutar e fazer com que este Clube se trancenda novamente e que ao nono ano se comece a trilhar um novo caminho de Glória, para que daqui a 100 anos outros com a nossa idade se possam orgulhar de um Benfica entre os 10 maiores do Século XXI.
Domingo também farei o trajecto pela A8. Mas primeiro há bielorussos a abater. O Benfica não deve temer o Bate, mas também não deverá menosprezar um adversário que já surpreendeu a Juventus. Agora para a Europa, venham mais três pontos!