terça-feira, abril 21, 2009

"Ser lagarto é ser triste"

Vem com as aspas porque a autoria é do fundador deste espaço. E use-se o termo duplamente referido como verbo ou substantivo, a frase fará sempre sentido.
A gritaria desta última semana atingiu contornos ridículos. E não foi pela simples contestação à arbitragem. É que mesmo sendo useiros e vezeiros na estratégia, de calimeros todos os clubes têm um pouco. Não lhes concedamos por isso o monopólio, mesmo que o berreiro sobre este jogo seja exagerado.
Como todos sabemos, este clube criado à custa do Benfica, ou a esta hora ainda estariam a jogar bridge e a fazer pic-nics, vive em nossa função. Até faz sentido. Ou melhor, faria, porque no fundo aquilo é um clube de futebol com uma fatia considerável de adeptos e deveria importar-se com títulos. É por isso estranho, ou talvez não, que estando tão perto da liderança como do terceiro lugar, a primeira reacção dos adeptos à nomeação de Bruno Paixão logo lhes tenha enchido a boca com o nome do Sport Lisboa e Benfica, mesmo depois de escutas que nos revelaram um dos interessados na promoção de carreira do "mostra-pilas". E a festarola continuou durante e após o apito final em Guimarães, a tal ponto de um louco, como é apanágio dos loucos, ter referido que outros é que andam loucos. Aqui já com selo institucional, para que não se possa dizer que isto é mera conversa de café entre adeptos. O absurdo é que tudo isto revela uma absoluta coerência. Basta recuar uns anos e recordar um célebre Sporting - Nacional, cuja razão do alegado prejuízo desconheço em virtude de estar preocupado com coisas mais interessantes. Certo é, que impossibilitados de apanhar o Benfica na classificação, a culpa, mais uma vez, tenha sido imputada ao Benfica. Pouco importa quem beneficiou então e pouco importa quem beneficiaria agora. "Ser lagarto é ser triste".

A diferença do golo

Aos 15 minutos do Benfica - Académica era um adepto confiante. Jogava-se com vontade e enterravam-se os fantasmas da Amadora. Dada a fraca oposição, dei por mim a pensar se não bastaria o primeiro entrar para finalmente ver uma goleada na Luz. Mas foi a Académica quem marcou na sua primeira oportunidade e de nada valeu o suor benfiquista da segunda parte. Aos 15 minutos do Vitória - Benfica pensava precisamente o contrário. Os sadinos pareciam alheados mas o Benfica também não demonstrava grande interesse. Até que do nada surgiram dois golos. Primeiro um belo cruzamento de um central e uma excelente movimentação do tal que não é ponta de lança. Depois foi o "lento", "tosco" e "sobrevalorizado" Cardozo a fazer aquele movimento que tão bem o caracteriza e a fuzilar as redes. Ali acabou o jogo. O Benfica acabou por jogar melhor no último jogo caseiro que no Bonfim, mas a eficácia, a saudosa eficácia do primeiro terço do campeonato ressurgiu. E talvez tenha dado para que Quique percebesse três coisas básicas: Cardozo é o melhor avançado do Benfica; Cardozo é um finalizador nato e não pode andar a lutar por bolas no meio-campo ou nas alas; Nuno Gomes é o melhor parceiro para o paraguaio.

sexta-feira, abril 03, 2009

Precedente aberto?

Numa noite de 24 de Abril, célebre por um raro golo de Bruno Basto (com o pé direito!!!), Karel Poborsky isolou-se pela direita do velhinho Estádio da Luz. E perante a saída de Vitor Baía estatelou-se ao comprido. O árbitro assinalou penalty, Nuno Gomes desperdiçou. Semanas depois veio o castigo. Um jogo de suspensão para o checo por simulação. Jesualdo, que ainda era benfiquista, devia recordar-se.

ps- Agradeço ao vermelhovzky e ao clov o facto de terem corrigido aqui a minha falha de memória, mas o essencial mantém-se: já existiu punição anterior.

ps2- Miserável a exibição na Reboleira...