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O mercado de Inverno deixou-me um grande amargo de boca. O plantel do Benfica é o melhor das últimas épocas, mas, ainda assim, estava no limiar da sustentabilidade. A defesa era o bloco mais sólido, mas as saídas de Alcides e Rocha quase fazem ruir a muralha. Tudo seria diferente se tivesse chegado um central que desse garantias. David Luiz, como já se percebeu pelo provável recudo de Katsouranis na Vila dos Aves, não conta com a confiança do Nandinho. Não há reforço defensivo, portanto. No ataque, Kikin não me deixa saudades. Mas tal como na preparação para a nova época, ponta de lança nem vê-lo. Não sou fã de Derlei, mas até poderia aceitar o seu ingresso noutro contexto. Como aconteceu, vindo de umas férias de dois meses, não obrigado. Como previa, estamos no fim do mês e só agora se aproxima da forma ideal. E cheira-me que aquela cotovelada contra o Boavista foi planeada, já que a utilização prematura colocava o jogador em grande de risco de lesão. Digo eu...
Entretanto, o jogo do Boavista, assim como o da Póvoa de Varzim, vieram cimentar a minha certeza de que o Nandinho não sabe fazer alterações. Em ambos os jogos, a equipa piorou depois do Nandinho mexer. Na verdade, com a excepção do jogo do Dragão, quantas vezes melhorou o Benfica após as alterações do engenheiro?
O doping é que não nos larga... No caso de Tavares houve quem assumisse a culpa, mas logo veio o râguebi (e afinal o Barata já acusara o mesmo mascarente ao serviço da selecção ou não?). Parece estranho que ambos tenham acusado a mesma substância quando são seguidos por dois departamentos médicos distintos. Impressionante foi a forma como o Dr. Horta se apressou a botar faladura. Noutros casos, silêncio, como manda a ética. No caso do Benfica, 'cisamente, toca a aproveitar, 'cisamente, o mediatismo do clube.
Apesar de tudo, seguimos a quatro pontos. Tudo em aberto. Ou talvez não. Afinal de contas, o Nandinho é perito nas pontas finais. Camacho que o diga.

Ora toma!

Os dois jogadores que mais sofrem na pele as agruras do terceiro anel fizeram vibrar a Luz com um grande golo. Karagounis assistiu depois de uma jogada à sua imagem. Curiosamente, o tipo de jogada que tantos assobios costuma provocar.